UM DESENHO POR SEMANA

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A arte milenar do Bets e a Geração Y

Aproveitando as férias não aguentei. A coisa aconteceu na minha frente, tive que guardar para postar aqui.

Adolescentes de uns 12 a 15 anos foram apresentados por recreadores na praia ao BETS! Sim ao bets (ou “Taco” para alguns).


Não sei bem se eles eram hóspedes de algum hotel, ou pertenciam a algum projeto ecológico (pelos desenhos da camisa da recreadora) mas todos estavam aprendendo os princípios básicos da arte Milenar do Bets.

Eles não sabiam nada, não tinham a menor noção. Aí deu aquela indignação própria de minha geração e eu soltei “Meu Deus, aquele moleque deve ter uns 15 anos e nunca jogou bets!” Faltou pouco pra soltar “ Essa Geração Y não tem jeito mesmo”


Quando eu era criança, os mais velhos ficavam bravos por nossa geração não brincar de peão e deixar de lado muitas vezes as brincadeiras de rua pra jogar videogame (e diga-se de passagem a maior parte da evolução deles (Ataris, Odisseys, Máster Systens, turbogames, Megadrives, Dynavisions, nintendinhos, Super Nes etc)

Não importava na casa de quem estivesse jogando, você ouvia“ Ei, você não vai pra rua, não?”

Íamos, menos que nossos irmãos mais velhos e pais, mas sim, íamos. Jogávamos bola na rua, andávamos de bicicleta, brincávamos de polícia e ladrão e é claro, jogávamos Bets!

Antes de falar mal da geração Y ou da Geração Z, lembrei que a minha geração já caminhava para isso. Na verdade nós é quem corremos para esta situação. Se hoje eles pouco saem de casa e conversam mais via redes sociais do que ao vivo, fomos nós quem os conduzimos a isso.

Quando alguém fala “no meu tempo é que era bom” se esquece que foi o pessoal do “seu” tempo quem criou o mundo em que o pessoal de hoje vive. Os de agora só vivem, vão na onda, reagem ao ambiente que lhes foi proposto por pais, educadores, artistas, pertencentes a aquele tempo e construtores do mundo de agora.

Daqui há 20 anos talvez a “Generation Z” diga o mesmo da “Geração Alfa” ou sei lá que nome vão dar. 

Ou talvez, quem sabe, alguém um dia aprenda que a gente cresce num mundo, faz escolhas e deixa outro de herança pros outros, que crescem neste, criam outro e deixam de herança para outros...
  

Um comentário:

  1. Nossa vc me fez ter uma mega saudades das minhas tardes de domingo com os amigos no portão de casa... bets, volley, pega ...ai ai...Dó dos meu filhos que vnao crescer "trancados" dentro de um apto.

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